domingo, 2 de maio de 2010

Como escolher a escola do seu filho???

Chega o grande momento! Precisamos colocar nosso pequeno na escola ou creche. E agora? Como escolher a melhor?
Quando estava grávida de uns 6 ou 7 meses conversei com meu marido e chegamos a uma conclusão: Queríamos que nosso filho frequentasse uma creche assim que eu tivesse que retornar ao trabalho.
Meus motivos:
1 - Moro longe da minha mãe e seria totalmente inviável ter que levá-lo e buscá-lo diariamente em outro bairro.
2 - Minha mãe já tem uma certa idade e sabemos, que por mais que ela seja bem ativa, criança cansa (e muito) a gente.
3 - Queríamos que Matheus pudesse ter um convívio social desde pequeno.
4 - Na creche a criança sempre é mais independente e também se alimenta melhor.
Etc...
Então vieram os questionamentos? Qual creche colocar? Indicação? Preço? Localização? Perto de casa ou do trabalho? Que tipo de ensino optar? No meu caso escolhi uma que fosse indicada por alguem que conhecesse, não fosse um absurdo de cara e que fosse próxima a minha residência. Queria uma escola que ensinasse desde pequeno e que ele não fosse para lá apenas para brincar e se alimentar. Então fomos à busca.
Abaixo estão alguns questionamentos básicos para que possamos tentar não errar na hora de escolher onde nossos filhos passarão a maior parte do seu dia. E se errarms, basta continuar na busca.

Qual deve ser o projeto educacional?
A melhor opção é aquela que está de acordo com as expectativas dos pais em relação à formação do filho. De forma geral, as propostas podem ser divididas em três tipos: a tradicional, a lúdica e a socioconstrutivista. A primeira prioriza a disciplina e o cumprimento de regras. O foco do segundo tipo são as brincadeiras, mas com pouca preocupação pedagógica. O terceiro é defendido por referenciais nacionais e é forte em planejamento de situações de aprendizagem, em que há a intenção clara e conteúdos para cada faixa etária. Um exemplo são atividades divertidas com bacias cheias de água e objetos de diferentes pesos para trabalhar o tema da flutuação com crianças de 4 a 5 anos. Em todos os projetos, observe se há trabalhos com valores, como a cooperação e o respeito às diferenças. Quanto mais próximos aos da sua família, melhor.
A doMatheus é tradicional.

Como devem ser os espaços da escola?
Segurança é um item importante. Preste atenção se a escola tem escadas com grade de proteção e corrimão ou, melhor ainda, se opta por rampas, se as janelas de andares superiores têm telas, se as tomadas são cobertas e os produtos de limpeza mantidos fora de alcance dos pequenos. As cores dos espaços devem formar uma coerência visual: portas de uma cor, paredes de outra. As salas precisam ser arejadas e contar com passagens para um solário ou jardim, além de banheiros e trocadores por perto. Por fim, o ideal é que os ambientes disponibilizem materiais, como fantasias, brinquedos e livros, ao alcance das crianças para que elas possam fazer escolhas.
Na creche do Matheus tudo isso foi checado: lá tem ate uma salinha de DVD onde eles podem ver num determinado dia e horario um DVD da escolha deles ou até mesmo ter uma sessão de teatrinho.

Qual é o número ideal de professores por bebê ou criança?
Municípios e estados têm uma resolução diferente para a quantidade ideal de crianças por professor. Segundo o Conselho Nacional de Educação, cada um deve cuidar, no máximo, de seis a oito crianças de até 2 anos, de 15 crianças até 3 anos e de 20 crianças de 4 até 6 anos. Muitos pais podem temer algum descuido com o filho. No entanto, é preciso compreender que uma escola é bem diferente do zelo típico do ambiente familiar: lá as crianças vão ter de dividir a atenção e esperar em alguns momentos, mas há a vantagem de receber cuidados profissionais e conviver, desde cedo, com outros meninos e meninas da mesma idade.
Na creche do Matheus são +/- 12 crianças por turma e tem 2 professoras.
E no berçário eram +/- 8 crianças para 2 tias.


O que preciso olhar em termos de limpeza?
Todos os funcionários devem ter uniformes limpos e lavar as mãos com frequência. Os brinquedos e as fantasias precisam ser higienizados semanalmente ou sempre que houver necessidade – já os berços e os colchões, diariamente. Na hora da soneca, os colchões precisam ser colocados a certa distância uns dos outros. Mas não fique tão obcecada com a limpeza. Seus filhos precisam brincar no chão e se sujar. Faz parte do processo de crescimento. Além disso, no berçário, se uma criança está resfriada, é provável que as outras também fiquem – e isso é até bom para desenvolver anticorpos logo cedo.
Tudo ok

É melhor uma escola que ofereça alimentação?
A escola que oferece lanche ou almoço, em geral, conta com a vantagem de ter a orientação de um nutricionista ou uma equipe de nutrição. Assim, é oferecida uma alimentação balanceada e até divertida, como cenouras e outros legumes em formato de bichos. É uma preocupação a menos para você. Além disso, o momento das refeições com os colegas é um aprendizado sobre o ritual de comer em público. Algumas escolas até trabalham com sistema de self-service, que permite que as crianças aprendam a servir a quantidade que vão comer. Mais um ponto para o desenvolvimento da autonomia.
Na creche do Matheus, como é integral ele tem: colação, almoço, lanche e jantar. Recebo toda segunda feira por e-mail ou na agenda o cardápio semanal prescrito pela nutricionista. Hoje em dia ele é ótimo para comer. Aceita tudo. Adora legumes e verduras!

A localização da escola importa?
Os especialistas se dividem nessa questão: alguns avaliam que, quanto mais perto de casa ou do trabalho, melhor. Isso facilita a ida ao local em caso de emergência, além de evitar que seu filho faça longas viagens pela cidade e tenha de enfrentar o trânsito ainda pequeno. Outros acham que vale a pena colocar a criança em uma escola um pouco mais distante se ela oferecer um ensino de melhor qualidade. De qualquer forma, fazer crianças muito pequenas viajarem mais de uma hora todos os dias, ou acordar de madrugada, não é a melhor saída. Elas ficam cansadas e até estressadas.
A do Matheus é bem próxima a minha residência.


O preço é sinônimo de qualidade?
Nem sempre a escola mais cara traz vantagens significativas. Às vezes, a que cobra mensalidades mais em conta e segue uma proposta pedagógica interessante é melhor do que a cara e com prédio sofisticado. Vale observar se o preço pago corresponde, por exemplo, a espaços bem equipados (não necessariamente com luxo) e professores bem formados. A equipe precisa fazer cursos continuamente e, de preferência, financiados pela própria instituição. Essa é uma das principais diferenças de uma escola de qualidade.
A do Matheus não é baratinha mas também não é muito cara. Tá dentro do orçamento.

As escolas bilíngues valem a pena?
Depende do método de ensino oferecido e da familiaridade dos pais com a segunda língua aprendida pelo filho. A criança pode ficar confusa caso fale inglês o tempo todo na escola e, ao chegar em casa, só fale português. Sim, é mais fácil aprender outro idioma desde cedo, mas nem sempre o método usado por algumas instituições é o mais eficiente. A que se diz bilíngue e oferece três aulas de inglês por semana nos moldes tradicionais, com tradução de palavras do português, surte poucos efeitos. Ver um desenho animado numa língua estrangeira, por exemplo, pode trazer mais resultado. Bilíngue deve ser sinônimo de imersão em dois idiomas.
Este ano a creche nos informou que irá começar a inserir na grade curricular das crianças o inglês! Legal! Mas não é uma escola bilingue.

Uma escola que ofereça atividades extracurriculares é mais interessante?
Fazer balé, natação e até aulas de arte pode ajudar as crianças a desenvolver, desde cedo, uma série de habilidades interessantes. Mas na primeira infância ninguém deve ser sobrecarregado. Os pequenos precisam brincar, dormir e passar bastante tempo com os pais. As aulas são compromissos sérios e exigem o cumprimento de horários. Até os 2 anos, não é recomendado que as crianças façam esse tipo de atividade, que geralmente é mais bem aproveitada por garotos e garotas mais crescidos. Por fim, vale observar se um simples passeio na pracinha não deixaria seu filho mais feliz.
Na do Matheus tem natação, capoeira, jodô e balé, mas tudo dentro de sua faixa etária. Hj Matheus faz natação e Capoeira. Acho muito interessante esas atividades extracurriculares oferecida pela creche, pois se não tivesse nem eu nem meu marido teríamos disponibilidade de levá-lo para fazer tais atividades.

Depois de um tempo, é ruim mudar as crianças pequenas de escola?
Até os 5 anos, elas criam vínculos fortes com as pessoas próximas porque ainda são muito dependentes. Mudar de escola não é uma missão impossível. Isso deve ser feito caso a criança não goste do lugar ou os pais se sintam mal atendidos. Mas a transição é trabalhosa. O seu filho terá de se adaptar novamente a um novo ambiente. As primeiras semanas costumam ser mais delicadas e a presença de um dos pais ou um adulto de referência ajuda a superar o estranhamento.
Não penso em mudar tão cedo meu filho de creche, estou bem satisfeita com a dele.


Espero que tenham gostado e ajudado a vocês encontrarem a segunda casa de seus pequenos.
Bjks

2 comentários:

Desconstruindo a Mãe disse...

Oi!

Minha filhota hoje tem 6 anos e cursa a primeira série, mas desde a primeira escola que freqüentou, quando tinha 1 ano e 5 meses, levamos em consideração se havia espaço que não fosse só de "concreto", tivesse espaço para as crianças brincarem ao sol, pouca umidade no ambiente, se a alimentação saudável fosse valorizada e o relacionamento entre o pessoal que trabalhava lá, pois conversávamos bastante com pais de coleguinhas.

Antes de matriculá-la, observava também em horários diferentesa rotina, se era de atenção ou de depósito de crianças.

Quando ela ficou maior e mudamos de SP para Porto Alegre, comecei a levá-la para conhecer escolas que havia previsamente selecionado e o resultado me surpreendeu: crianças têm critérios próprios para escolher e eles tinham muito a ver com nossos critérios.

A escola onde está hoje ela ajudou a escolher e não nos arrependemos!

Beijo!

P.S.: aquela conversa de educadores embromadores (eu tb sou professora!) que adoram dizer que o projeto escolar é construtivista nem sempre correspondem à realidade. Muitos confundem excesso de permissividade (totalmente contrário ao nosso projeto familiar) ou apenas dizem ter projeto e na verdade a escola é um oba-oba...

Boa sorte!
Ingrid

Vânia disse...

adorei o visiual novo do blog

obrigada pela visita
bjss millllllllll o coração

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