quarta-feira, 21 de outubro de 2009

10 mandamentos para criar filho único


POR UM LADO, ELE TERÁ ATENÇÃO EXCLUSIVA DA FAMÍLIA. POR OUTRO, NÃO TERÁ MUITAS OPORTUNIDADES DE APRENDER A DIVIDIR O QUE TEM COM UM IRMÃO. PAIS EXPERIENTES, EDUCADORES E PSICÓLOGOS ENSINAM MANEIRAS DE CRIAR UM PEQUENO PRÍNCIPE E NÃO UM TIRANO MIMADO.



1. Se ter apenas um filho for uma opção, é bom deixar claro para ele. Isso pode evitar chantagens sentimentais. Não sendo uma decisão do casal, não cometer o erro de sentir culpa por não ter tentado com mais afinco ter outros filhos. Geralmente, isso leva os pais a procurarem compensar o "coitadinho", fazendo as vontades e não estabelecendo limites. Pais que decidiram ter filho único são mais realistas e tranquilos, porque sentem que fizeram a escolha certa.

2. Uma criança que se sente valorizada demais pelos pais, ou que recebe excesso de atenção, pode crescer achando que o mundo lhe deve alguma coisa. Resultado: sofre mais com as inevitáveis decepções.

3. Como filhos únicos são precoces, costumam achar crianças da mesma idade bobinhas para o seu gosto. Isso ocorre, em geral, aos 7 ou 8 anos e é mais do que recomendável incentivá-los a conviver e interagir com colegas um pouco mais velhos, em vez de só fazerem programas de adulto.

4. Quando não há irmãos, a criança pode ficar dependente demais dos pais para tudo, da ajuda com o dever de casa às brincadeiras. Ela precisa aprender a se virar sozinha, pois o pai e a mãe não estarão sempre dispostos e/ou disponíveis.

5. Querer dar a seu filho o que você não teve não é nenhum pecado. Mas providenciar o que ele quer segundos depois de manifestar o desejo é acostumá-lo mal. Numa família com mais crianças, cada uma tem de aprender a esperar sua vez. E aprender a esperar é uma lição vital.

6. Seu filho único é o único filho que você tem, não a segunda chance dos pais de realizarem um sonho pessoal, tipo tornar-se uma bailarina clássica ou um craque de futebol. Se a criança perceber que esperam alguma coisa dela (e geralmente percebe), vai se esforçar para atingir um objetivo que pode não ser o que realmente quer na vida.

7. Filhos únicos tendem a ser perfeccionistas, um mal que costumam compartilhar com primogênitos de famílias mais numerosas. Até aí, nada de mal, desde que os pais segurem o impulso de dar um jeitinho extra na arrumação que ele próprio fez da cama ou dos brinquedos. Não se deve esquecer que o melhor possível para uma criança não tem nada a ver com o melhor possível para um adulto.

8. Irmãos implicam uns com os outros e essa é uma boa maneira de aprenderem a se defender melhor. Quem não tem essa experiência pode desenvolver uma sensibilidade exagerada às pequenas maldades que as crianças fazem entre si naturalmente e se magoar com mais facilidade. É importante os pais ficarem atentos para situações assim e explicarem que essas coisas costumam acontecer mesmo e não têm nada demais.

9. Os pais devem aceitar o fato de que seu filho único vai se machucar um pouco. Se isso não acontecer, nunca vai crescer. Deixe-o experimentar alguma adversidade, por mais duro que seja. Vai doer mais em você do que nele, pode acreditar. O que ele mais precisa é do seu tempo e da sua coragem para virar as costas e deixá-lo respirar.

10. Não é possível nem razoável dar tudo para uma criança, única ou não. Não há nada mais prazeroso para qualquer pessoa do que o sabor da conquista. O que vai definir se ela é feliz ou triste é a convivência harmoniosa na família, a boa educação (o que nada substitui) e o apoio dos pais, que não significa apenas passar a mão na cabeça, mas saber dar uma boa bronca quando for preciso. Tudo isso pode ser resumido numa regra simples: para seu Pequeno Príncipe ser feliz, se sentir amado e aprender a amar vivendo no mundinho particular dele, deve saber, sem sombra de dúvida, que tem sinal verde e incentivo para voar alto, mas sem ultrapassar certos limites, importantes para toda criança.

fonte: Revista Pais e filhos

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