Nada pior que você sair toda feliz e contente pelas ruas com seu filho e de repente a criança vê uma loja de brinquedo ou algo que ela quer muito e que você, naquele momento, não pode atendê-la.
Pronto, o caos se instalou... Toda aquela alegria e encanto vai pro ralo e a criança simplesmente começa a espernear, gritar, se jogar no chão... Nossa, a vontade que temos é de enfiar a cabeça na terra e ficar lá ate todo o escândalo passar não é?
Não há mãe que não se identifique com esse episódio.
Pois bem, saiba que isso além de ser uma fase ( que vai passar) pode ser contornado com os limites que você dará para eles.
Segundo o pediatra norte-americano Berry Brazelton “para as crianças crescerem bem, precisam apenas de amor e limites” – o amor é fundamental para crescer com confiança e auto-estima; os limites são cruciais para a criança aprender o autocontrole, para que possa viver em família e em sociedade. Ou seja, no que toca às regras de comportamento lá em casa (e fora dela!) é, como minha mãe dizia: que é de “pequenino que se torce o pepino”. A educação começa em casa e não tem de se sentir culpado por ser demasiado rigoroso – as crianças tornam-se adultos equilibrados porque viveram com regras e limites, não ao contrário.
Estudos de comportamento infantil revelam que as crianças respondem muito bem a regras, desde que sejam simples e limitadas em quantidade. Estabeleça as regras que sejam adequadas à sua idade, de forma clara e uma de cada vez, para não as confundir. É melhor memorizarem poucas do que nenhumas, Não é? Sem perder a autoridade ou fazer muitas cedências, tente manter alguma flexibilidade: por exemplo, ao explicar à criança esta ou aquela situação, dê-lhe três possíveis cenários, pedindo-lhe que dê a sua opinião sobre qual o caminho certo a seguir. Para além de a envolver e fomentar a sua independência, torna a imposição de limites menos rígida e menos “pesada”, sendo a “negociação” a forma mais fácil de fazer com que os miúdos aprendam a respeitar as regras. Claro que estabelecer e impor limites aos seus pequenos anjinhos vai, por vezes, deixar você pouco a vontade (é um sentimento normal), não vai ser fácil e demorará o seu tempo. Mas a paciência, o amor e a aprendizagem conjunta vão dar uma ajuda preciosa.
Como estabelecer as regras?
Quando quiser estabelecer uma regra, fale com a criança calmamente, explicando o que pretende da forma mais clara possível, perguntando-lhe várias vezes se tem dúvidas. Explique-lhe, de igual modo, quais as consequências do não cumprimento das regras. Os “castigos” devem ser bem claros e executáveis, ou seja, não diga que a vai privar de ver televisão uma semana se sabe que nunca terá a coragem de o fazer. Dê-lhe alguma liberdade dentro do cumprimento das regras, ou seja, se sabe que às 21h00 tem de ir para a cama e tem de escovR os dentes e arrumar os brinquedos antes de dormir, deixe-a escolher o que quer fazer primeiro. As regras também podem ser divertidas!
E ai, não coumpriu!!!
Se a criança “ameaça” não cumprir uma das regras, dê-lhe um aviso, falando calma mas seriamente e lembre-lhe as consequências. Depois de verificar que a regra não foi cumprida ou foi parcialmente cumprida, pergunte-lhe porque é que não o fez, explique-lhe como é que se faz (no caso de ter tido alguma dificuldade) ou ajude-a a terminar a tarefa, dizendo que para a próxima já vai conseguir fazê-la sozinha. A forma mais fácil de uma criança se tentar livrar de cumprir as suas regras é fazer uma birra, no entanto, os adultos nunca devem ceder às birras infantis. Se chegar ao ponto que o castigo é necessário, não hesite em cumpri-lo, ou seja, não mude de ideias, não altere o castigo “prometido” – de outra forma, pode passar a ideia de que as consequências não são reais e tanto faz cumprir ou não as regras.
Agora,nNão se focalize somente no mau comportamento e procure dar igual atenção ao bom comportamento. Quando a criança arruma os seus livros ou lava as mãos sem ninguém lhe dizer nada, elogie-a e dê-lhe mimos – não há nada que as crianças gostem mais do que ser alvo da atenção dos pais (por bons motivos claro!), por isso, é natural que continuem a portar-se bem, só para continuarem a chamar a sua atenção. Quando a criança se portar bem e pedir alguma coisa com calma e educação, pondere fazer-lhe a vontade.
5 comentários:
Déia...
pois é... eu digo... limites!
E mesmo com eles, sempre há episodios como o relatado... mas pior do que tais episodios, é a mãe ou pai, que simplesmente finge que não vê o filho tendo tais comportamentos...
Parabens pelo post!
beijos
Limites fazem parte da vida e são necessários desde cedo, sim. Quando não os tem, os resultados serão catastróficos na vida adulta...
Parabéns pelo post!
Um beijo.
Déia, ninguém contou pra gente que educar seria uma tarefa tão complicada, não é mesmo?
Mas com bom senso e limites bem claros acaba dando tudo certo.
***
Espero que você ganhe muitas fofuras no dia das mães...
Bjsss
Ah, então eu vou tentar fazer aqui em casa, em um final de semana, q é qndo tenho tempo, depois te falo se Matheus gostou.Bjo GRANDE amiga!
Sabe aquele livro famoso... "quem ama educa"? pois é pura verdade. Criança sem limites sofre e faz sofrer quem convive com ela.
E limites podem ser colocados sem traumas, embora haja momentos em que a gente literalmente "saia da casinha" com algumas das invenções das crianças.
Mas bom senso e boa vontade são ótimos conselheiros... Dá tudo certo quando conseguimos pensar que escolhemos ser mães e temos uma missão bacanérrima!
Beijo, adorei teu blog!
Ingrid
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